julho.2023
Ano 23 – nº 02
As informações de casamentos e nascidos vivos, provenientes dos Cartórios de Registro Civil e processadas pela Fundação Seade, são analisadas neste estudo e permitem acompanhar sua evolução ao longo do tempo, para o Estado de São Paulo e suas regiões, no sentido de apontar os impactos da pandemia da Covid-19, alterando a tendência observada no passado. A evolução do número de casamentos apresentou visível mudança nos registros mensais em 2020 e 2021, enquanto para os nascidos vivos a redução contínua verificada já a partir de 2018 não permitiu distinguir, com clareza, a influência da pandemia, sendo aceitável a hipótese de efeito conjunto que associa o comportamento reprodutivo anterior com as interferências decorrentes da pandemia na decisão de adiar ou desistir de uma gravidez neste período. Também nas análises da evolução mensal para as regiões metropolitanas do Estado de São Paulo, o impacto da pandemia ficou evidente sobre o número de casamentos e sua recuperação nos anos seguintes, sendo que entre 2019 e 2020, período mais crítico, nenhuma região registrou crescimento nesse número. Mais uma vez, para os nascimentos essa relação não foi tão explícita regionalmente, com pequenas variações em ermos de intensidade, ficando a RMSP com a maior redução no número de nascimentos ao longo do período.
Nascimentosetembro.2022
Ano 22 – nº 02
A população infantil é a parcela mais atingida pela tendência do componente demográfico fecundidade, que apresentou expressiva queda em suas taxas e encontra-se agora abaixo do nível de reposição, interferindo de maneira decisiva no quantitativo anual de nascimentos e no dimensionamento de menores de cinco anos. A Fundação Seade tem aprimorado a metodologia da sobrevivência dos nascidos vivos para estimar a população infantil, pois esses nascimentos dão origem às novas gerações que são incorporadas continuamente à população paulista e vão alterando progressivamente sua estrutura etária. As estimativas de menores de cinco anos, elaboradas para o período de 2010 a 2022, mostram tendência de crescimento e de decréscimo irregular e muitas vezes imprevisível para essa parcela. É nítida, para o total do Estado, a redução do contingente de 0 e 1 ano a partir de 2018, enquanto para o de 2 a 4 anos existem maiores oscilações. Para as regiões administrativas também ocorrem comportamentos distintos, assim como entre os municípios, sendo que em 64% deles houve decréscimo na população menor de cinco anos no período analisado.
Nascimentooutubro.2018
Ano 18 - nº 03
Por ocasião do 40º aniversário da Fundação Seade, a ser celebrado em dezembro de 2018, o presente artigo traça um panorama sobre a evolução centenária das estatísticas vitais do Estado de São Paulo, produzidas a partir das informações enviadas mensalmente ao Seade pelos Cartórios de Registro Civil de todos os municípios paulistas. No Brasil, os principais eventos da vida – casamentos, nascimentos e óbitos – são registrados por determinação legal e a lei dos registros civis regulamenta também a coleta de informações para fins estatísticos. As estatísticas do registro civil aparecem, ao lado dos censos demográficos, como uma das principais fontes de dados para os estudos relacionados à população, informando sobre mudanças que afetam a evolução de seu contingente e suas diversas características. As sociedades que tradicionalmente dispõem de bons sistemas de estatísticas vitais apoiam- -se na combinação dos dados originários do censo e do registro civil para a construção dos principais indicadores demográficos. O presente artigo traz a evolução secular de cada evento vital no âmbito do Estado de São Paulo, contemplando o período que se inicia em 1900 até 2017. Para este último ano, foi selecionada uma característica específica de cada evento, com o objetivo de ilustrar sua peculiaridade e o diferencial existente na distribuição municipal.
Mortalidade Nascimento Nupcialidade