Esta edição do SP Demográfico, que complementa o estudo sobre migração apresentado anteriormente,1 foi elaborada a partir da combinação dos primeiros resultados do Censo Demográfico 2010 com os dados do Sistema de Estatísticas Vitais (SEV), produzido pela Fundação Seade. Naquele estudo, mostraram-se as tendências recentes da migração no Estado de São Paulo em suas três Regiões Metropolitanas (RMs). No presente trabalho, realiza-se exercício semelhante àquele, mas tendo como objeto todas as Regiões Administrativas (RAs) do Estado de São Paulo e seus municípios. Trata-se, portanto, de uma avaliação mais abrangente, pois inclui a totalidade do território paulista e não apenas suas áreas metropolitanas.

O objetivo deste número do SP Demográfico é dimensionar as migrações na primeira década deste século para o Estado de São Paulo e suas Regiões Metropolitanas.

Os movimentos migratórios interestaduais sempre desempenharam papel relevante na composição da população paulista. Em 2000, o Estado de São Paulo contava com uma população de 37 milhões de habitantes: 75,2% correspondiam a pessoas nascidas no próprio Estado (naturais), 24,8% a pessoas nascidas em outros Estados brasileiros e outros países. Equivale a dizer que, em 2000, residiam em São Paulo aproximadamente 9,1 milhões de pessoas não naturais do Estado, com predominância dos mineiros (20,7%), baianos (19,7%), paranaenses (12,9%) e pernambucanos (12,4%), entre outros.